A caravana, que contou com alunos/as, pesquisadores/as e professores/as da UFMA e UEMASUL (Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão), reuniu cerca de 12 pessoas que foram contar um pouco sobre o processo de produção da pesquisa e entrevista com os moradores de Piquiá de Baixo, que começou há dois anos atrás, em 2021.
Durante a manhã, o grupo visitou o reassentamento Piquiá da Conquista e à tarde, foram a Piquiá de Baixo, participar da tradicional assembleia que acontece aos sábados, acompanhado pelos comunicadores/as populares Sebastiana Costa e Fabiano.
O encontro aconteceu no último sábado, 26 de agosto, e os/as moradores (as) de Piquiá de Baixo receberam em mãos os resultados da pesquisa sobre memória no bairro feita pelo Grupo de Pesquisa, Jornalismo, Mídia e Memória (JOIMP), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Imperatriz.
A professora e coordenadora do grupo, Roseane Arcanjo, iniciou sua apresentação falando sobre o discurso que as empresas costumam usar de que chegaram antes e a comunidade depois. Por isso, a pesquisa resolveu combater esses discursos infundados e documentar as vozes dos moradores, que chegaram em Piquiá muito antes da poluição de seus rios e do ar que respiram.
Para ela, o resgate dessa memória parte do grupo de pesquisa, mas “nós como universidade podemos apenas ajudar, mas a contagem é de vocês”, afirma.
A luta é Feminina
A professora cita que a maioria da população de Piquiá de Baixo são mulheres e que o bairro é uma luta das mulheres. “Não que não seja dos homens, mas as mulheres desempenham um papel importante”, avalia.
A ideia da pesquisa é montar um livro para ser repassado às próximas gerações para lembrar das lutas e histórias da comunidade. “Registrar a memória é complicado porque você sempre tem que registrar ela corretamente”, avalia Suzana Queiroz, jornalista responsável por uma das pesquisas dentro do grupo.
Ao final da fala dos professores e alunos/as pesquisadores/as, foi entregue à dona Osmarina, moradora de Piquiá, uma parte impressa da pesquisa-memória feita com a comunidade.
Matéria: Sebastiana Costa
Edição: Yanna Duarte